segunda-feira, 8 de novembro de 2010











Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul
Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista
Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança
Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim
Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora
Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança

António Gedeão

I Dreamed a Dream

There was a time, when men were kind
And their voices were soft
And their words were inviting
There was a time, when love was blind
And the world was a song
And the song was exciting
There was a time it all went wrong

I dreamed a dream in time gone by
When hope was high and life worth living
I dreamed that love would never die
I dreamed that God would be forgiving

Then I was young and unafraid
And dreams were made and used and wasted
There was no ransom to be paid
No song unsung, no wine untasted

But the tigers come at night
With their voices soft as thunder
As they turn your hope apart
As they turn your dreams to shame

He slept a summer by my side
He filled my dreams with endless wonder
He took my childhood in his stride
But he was gone when autumn came

And still I dream he'd come to me
That we would live the years together
But there are dreams that cannot be
And there are storms we cannot weather

I had a dream my life would be
So different from the hell I'm living
So different now from what it seemed
Now life has killed the dream I dreamed

Les Misérables

domingo, 7 de novembro de 2010

Peças de Cerâmica




Zé Povinho, Rafael Bordalo Pinheiro



Cobras, Francisco Gomes de Avelar


2. Conceito: Tudo. Por vezes, quando perguntamos a alguém o que estariam dispostos a arriscar por um sonho, essa pessoa responde: tudo! Será verdade? Será que conseguiriam abdicar de tudo o que têm?
Eu também tenho um sonho. Um grande sonho. O sonho do cinema, das luzes, câmara e acção, o sonho dos Óscares e de uma vida por detrás das câmaras observando o mundo por uma ocular, o sonho de Hollywood, de Paris, de Londres e de Nova Iorque. Mas para isso é necessário abdicar. Não de tudo, mas de muita coisa. Se seria capaz de arriscar a minha famíla, a minha ciade, a minha casa, os meus amigos por isso? Não sei, lá está, tudo não, mas muita coisa sim. Porque o sonho pode ser muito grande, mas não há nada melhor do que ter um lar para o qual voltar no fim do dia.
1. Desafio: "Mas era preciso arriscar." E tu, o que estás disposto a arriscar?